Friday, October 31, 2008

AFINAL O REI IA NU...

Foi decretado o fim do Estado de Bem Estar, que os dinheiros públicos não podiam assegurar, diziam. Iniciou-se uma era de privatizações de empresas públicas, mesmo as que até então eram consideradas estratégicas, mesmo aquelas que geravam lucros consideráveis para o Estado, que o privado agia com mais eficácia e eficiência que o sector público. O mundo assistia, deslumbrado, ao surgimento da economia de mercado.
À medida que se vai conhecendo a dimensão da reengenharia financeira posta em marcha pelos mais “brilhantes espíritos” da Wall Street, assente no egoísmo e na ambição, as escandalosas reformas milionárias auto-atribuídas dos administradores financeiros e os faustosos banquetes das empresas americanas à beira do abismo, é altura de começarem a ser equacionados alguns dos principais dogmas vigentes. A soma de todos os egoísmos não pode gerar o bem comum.

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