Ambrose Bierse escreveu há muitos anos as Fábulas Fantásticas de onde seleccionei, adaptando, esta, que mostra com o sarcasmo próprio do autor,essa horrível comédia que é a promiscuidade entre a política, os negócios e o enriquecimento ilcíto:
"Um Patriota, que entrara pobre ao assumir as suas funções públicas e se cobrira de riquezas, foi a um Banco para abrir uma conta.
-Com todo o prazer- disse o Honesto Banqueiro-Sentimo-nos muito felizes por tratar com Vossa Excelência. Mas antes disso, terá de se tornar um honesto cidadão, devolvendo o que roubou ao Governo.
-Por amor de deus- gritou o Patriota- Se eu fizesse isso, nada me ficaria para depositar no vosso Banco.
-Não sei porquê -replicou o Honesto Banqueiro- Nós não somos todo o povo.
- Ah, compreendo: Em quanto calcula o senhor os prejuízos sofridos por este Banco em relação aos danos que infligi ao meu país?
- Cerca de um Euro- respondeu o Honesto Banqueiro.
E, com toda a dignidade, descontou essa importância no depósito do Patriota, com a consciência de bem servir a Patria.
Patriotas e Banqueiros, como os tempos recentes (e não apenas a Lusoponte, a Mota Engil, o BPN têm mostrado) continuam de mãos dadas...
VER O MUNDO PELOS OLHOS DA ALICE. A WORLD LIKE ALICE? MUNDO PARADOXAL ONDE SE CRUZAM MORDOMIAS, INCERTEZAS E ESPERANÇAS. ONDE COABITAM SONHOS, UTOPIAS E REALIDADES.
Saturday, November 22, 2008
Thursday, November 20, 2008
Wednesday, November 19, 2008
Sunday, November 16, 2008
Wednesday, November 12, 2008
Monday, November 10, 2008
O RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO NO PREÇO DA GASOLINA
O preço da gasolina em dois curtos apontamentos:
A DECO veio hoje demonstrar que a nossa gasolina continua a ser das mais caras da Europa, mesmo sem a carga fiscal.
Segundo: A aquisição pela GALP das bombas dos supermercados Carrefour insere-se na mesma lógica de maximização dos lucros: desde essa altura a diferença de preços entre essas bombas e as do Jumbo, que antes andavam praticamente a par, dilatou-se sendo agora (as da GALP)cada vez mais caras. Adeus mercado, adeus concorrência.
PROFESSORES: CONTRA UMA POLÍTICA DIRECCIONADA CONTRA ELES
Primeiro a Ministra fez, no início do seu mandato, em reacção a uma greve dos sindicatos, lock-out. Era um aviso de que esta equipa da educação não olhava a meios, mesmo que de duvidosa legalidade.
Depois congelou a progressão na carreira, prejudicando a generalidade dos docentes.
Em seguida faz aprovar unilateralmente um Estatuto da Carreira Docente (ECD)que dividiu os professores em titulares e não titulares, assente em critérios, em muitos casos, arbitrários e absurdos. No seu cerne as medidas adoptadas prejudicavam sempre os docentes.
Depois inventou um sistema de avaliação escolástico, um novelo burocrático que mergulhou os professores em reuniões sobre reuniões, desgastando-os sem sentido, retirando-lhes tempo para o essencial: a docência.
Depois ficaram muito admirados que os professores viessem espontamente manifestar-se em massa, duas vezes mais de 75% de toda a classe docente deu-se ao trabalho de vir para a rua, a maioria deles pela primeira vez na sua vida.
Pelo meio, muitos milhares, alguns dos melhores, segundo insuspeitos presidentes de Conselhos Executivos das Escolas, aposentaram-se apesar de fortemente penalizados nas suas reformas.
FINAL DA HISTÓRIA: Esta equipa ministerial tem ainda condições para conduzir os destinos da educação? Não. Por isto e por aquilo, há agora a sensação de que "perdidos por cem, perdidos por mil..." Porquê? Falta "confiança", como se demonstrou exuberantemente na megamanifestação do passado Sábado, 8 de Novembro.
Depois congelou a progressão na carreira, prejudicando a generalidade dos docentes.
Em seguida faz aprovar unilateralmente um Estatuto da Carreira Docente (ECD)que dividiu os professores em titulares e não titulares, assente em critérios, em muitos casos, arbitrários e absurdos. No seu cerne as medidas adoptadas prejudicavam sempre os docentes.
Depois inventou um sistema de avaliação escolástico, um novelo burocrático que mergulhou os professores em reuniões sobre reuniões, desgastando-os sem sentido, retirando-lhes tempo para o essencial: a docência.
Depois ficaram muito admirados que os professores viessem espontamente manifestar-se em massa, duas vezes mais de 75% de toda a classe docente deu-se ao trabalho de vir para a rua, a maioria deles pela primeira vez na sua vida.
Pelo meio, muitos milhares, alguns dos melhores, segundo insuspeitos presidentes de Conselhos Executivos das Escolas, aposentaram-se apesar de fortemente penalizados nas suas reformas.
FINAL DA HISTÓRIA: Esta equipa ministerial tem ainda condições para conduzir os destinos da educação? Não. Por isto e por aquilo, há agora a sensação de que "perdidos por cem, perdidos por mil..." Porquê? Falta "confiança", como se demonstrou exuberantemente na megamanifestação do passado Sábado, 8 de Novembro.
Subscribe to:
Posts (Atom)