Tuesday, January 20, 2009

QUANDO O VENTO SOPRA...

Alice, enrola-se na manta, que o frio viera de supetão e ousado Mas não era o frio
nem a chuva que haviam caído abruptamente que a mantinham ensimesmada, mas sim os
sinais que as crises, como ela gostava de sublinhar, a interna que os mandantes do
momento mascaram de vitória sobre o défice e que, sem aumentar a riqueza do país,
reduzira a classe media a uma quase indigência e os pobres a um futuro sem
horizonte, nem a externa, cujos sinais já não iludem ninguém: desemprego, fome,
desespero, por um tempo que nem os mais cotados economistas se atrevem a prever.
Pois se até os ricos estendem a mão à caridade – caso do BPP – e logo a alcançam,
à custa dos contribuintes, ou se descobre que a fortuna nasce e se multiplica à
custa de falta de escrúpulos, fraudes e compadrios económico-políticos – como parece
ser o caso do BPN.

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