O MEDO
Quando um filósofo como José Gil escreve o que escreve na Visão de 3 de Maio, devemos redobrar a atenção: pela inteligência, perspicácia e profundidade do seu pensamento. Quando afirma que "Se estão a tomar uma série de medidas que vão no pior sentido da liberdade democrática" é bom ver a que se refere o autor. Se a par do acentuar dramático da desigualdade entre pobres e ricos; a par de uma riqueza criada na alquimia da corrupção e do branqueamento de capitais; da asfixia por via fiscal da classe média e dos pequenos empresários se juntar o medo estamos a aproximar-nos vertiginosamente de um limite: a sobrevivência do regime democrático.
"É o guia de boas práticas incentivando os funcionários à denúncia(...); é a concentração das polícias sob a tutela do primeiro-ministro, a Entidade Reguladora da Comunicação Social, o novo Estatuto do Jornalista, etc.... O medo social está a tornar-se político: tem-se medo do Governo, e, talvez, um dia, do primeiro-ministro".
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