As palavras de Cristo, segundo S. Lucas, que inspirou Haydn e me levaram no passado Sábado ao Porto, à Casa da Música, evocam o significado da Páscoa para os crentes, mas no preciso momento em que escrevo prossegue o inimaginável filme de terror rodado na “Universidade” Independente, que mete “pistoleiros” contra “pistoleiros” em vez de docentes e ensino e aprendizagem e probidade e saber, apanágios de uma universidade genuína; um filme negro, em suma, em que nem a figura do primeiro-ministro escapa, ele que tem vindo a protagonizar uma autêntica cruzada em nome do rigor...
Recordo-me das palavras sábias de um grande professor meu da Faculdades de Letras, o Prof. Borges de Macedo (pese as profundas divergências ideológicas que partilhávamos), que censurou um colega quando este, apesar da ingenuidade e convicta modéstia, revelou a média obtida no ensino secundário: “Tive 20 valores, mas não dou grande importância às notas”. A que o Mestre retorquiu abrasivo, demolidor, numa acérrima defesa do mérito: “Pois devia dar, porque o sistema de classificação por notas ainda é o mais justo e democrático e veio substituir o que a nobreza impusera durante séculos: o do sangue”. Azul, pois claro…
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