
"A vida e a morte é privilégio dos deuses, a hora e a companhia é desígnio dos homens" apm
VER O MUNDO PELOS OLHOS DA ALICE. A WORLD LIKE ALICE? MUNDO PARADOXAL ONDE SE CRUZAM MORDOMIAS, INCERTEZAS E ESPERANÇAS. ONDE COABITAM SONHOS, UTOPIAS E REALIDADES.
Nas margens do tempo, por dentro de mim,
Procurei o rio, remirei as águas,
E nos requebros esperados da maré
Recuperei a infância, fiz um balancé:
Foi o voltear incessante entre o riso,
O pranto, a descrença e a fé;
E nas águas constantes que fluem,
Compreendi a mudança que não é.
Arlindo Mota in "A Seda Das Palavras"
Alerta a Visão (6/12/2007) "Pouco resta da paisagem natural do Norte da península, afogada no betão da futura cidade com mil fogos". O que ao tempo da implosão das torres de Tróia era descrito como virtude é agora descrita como "urbanização gigantesca". É para isso que é bom ter memória e que essa memória seja passada a escrito, como foi o caso das crónicas que deram origem ao livro "ALICE NO PAÍS DO FAZ-DE-CONTA", de Arlindo Mota. Aí se alertava, evocando o alerta do Dr. Antunes Dias, ex-Director da Reserva do Estuário do Sado, para o frágil ecossistema da Península de Tróia, antecipando, por defeito, o que estava em vias de ser construído.Vereremos também se a médio prazo se concretiza ou não a profecia que esse texto augurava: "...quem aposta que Tróia não se venha a constituir num agregado urbano de residência permanente e que o projecto da travessia rodoviária do Sado se venha a colocar com carácter de urgência?"